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IPM
A gestão educacional é uma montanha-russa que se reinventa diariamente. Com o surgimento de novas ferramentas, tecnologias e até cenários imprevisíveis, é importante estar atento às mudanças e se planejar com estratégias que ajudem a continuar desenvolvendo o ensino. Neste artigo vamos falar sobre como gestores e servidores podem se preparar para os obstáculos e construir planos sólidos de enfrentamento.
Em 2024, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram o Censo Escolar 2023. A primeira etapa do estudo apontou que o Brasil registra 47,3 milhões de estudantes, considerando todas as etapas de ensino.
Na educação infantil, ainda de acordo com o estudo, na primeira etapa do ano, faltavam cerca de 900 mil matrículas para que o país atingisse a meta de crianças matriculadas nas creches, conforme estabelecido no Plano Nacional de Educação (2014-2024). Já no ensino fundamental, 10 milhões de estudantes estavam matriculados, do 1º ao 5º ano, no respectivo período do estudo – do total, 86,1% deles estavam na rede pública.
No período da pandemia causada pela covid-19, por exemplo, a educação também precisou se adaptar ao novo cenário, mais incerto e com diferentes lacunas. Além da mudança total para o formato de ensino remoto, servidores também precisaram se organizar em sistemas que funcionavam apenas em desktop, ou seja, o o só era possível nos computadores das escolas, o que dificultava tanto para o atendimento quanto para uso dos docentes.
Para conseguir enfrentar as dificuldades é necessário, antes de tudo, identificar quais são e como elas impactam no dia a dia. Conheça alguns obstáculos e caminhos viáveis para cada um deles:
A evasão é um problema que afeta os índices de escolaridade na educação básica, a maior taxa de saída é referente ao ensino médio, que representa 5,9%. Dessa forma, para conseguir pensar em soluções para combater esse problema é necessário criar planos de prevenção e análises, com base em dados, para evitar que esse cenário cresça e se consolide. Atualmente, a Inteligência Artificial (IA) é uma ferramenta que auxilia na detecção precoce desses índices, especialmente permitindo a criação de políticas públicas para garantir a melhora na qualidade do ensino e ajudando a elaborar uma saída para essa situação.
As etapas internas para criação de atividades e planejamentos precisam de dados consolidados das unidades de ensino, que nem sempre estão disponíveis aos servidores. Isso a pela tecnologia utilizada e as técnicas necessárias para extrair esses números. Para isso, é crucial inovar nas ferramentas escolhidas, mas também saber selecioná-las, para que sejam não apenas modernas, mas funcionais de acordo com as necessidades da gestão onde serão aplicadas.
A longa espera por vagas em creches e escolas também é outro ponto crucial nas demandas da gestão pública. Além do impacto no processo de aprendizagem infantil também há a insatisfação dos pais e responsáveis com a istração do Município. Dessa forma, é comum ver pessoas desistindo de matricular crianças na rede pública, por decepção com a demora na espera por uma oportunidade. Nesse sentido, sistemas modernos que fazem o mapeamento dessa lista de espera, individualizando as posições por unidade de ensino e prevendo o tempo médio de atendimento, são ótimos aliados para apoiar na melhora desses processos. Especialmente quando se trata de espera por vagas em creches que, naturalmente, possuem maior demanda.
Sistemas lentos, sem backup de dados e em formato desktop são maioria nas istrações no Brasil. Isso também esbarra na dificuldade que os servidores, já habituados às antigas ferramentas, possuem para adotar novas tecnologias, mesmo as positivas. Mapeamento de fragilidades, contagem de alunos por registro fotográfico e indicadores precisos para a tomada de decisões, são alguns dos benefícios que tecnologias mais inovadoras entregam para a educação pública, bem como a otimização da rotina e a diminuição da carga de trabalho nas equipes, mas ainda assim exige adaptação e disposição de todos os envolvidos.
A excelência, independente do formato de regime, presencial ou remoto, não pode ser comprometida. Esse é justamente o desafio que existe no enfrentamento por parte dos gestores: encontrar tecnologias que ajudem na inovação e modernização do serviço educacional oferecido. Acredite, essa não é uma missão solitária. Milhares de governos e prefeituras também lidam diariamente com imes, mas é possível equilibrar a organização interna e a excelência educacional. Conheça algumas cidades que já transformaram a educação:
A cidade foi a pioneira na adoção de IA na educação municipal. A localidade conta com 27 escolas e aproximadamente 6.500 alunos matriculados, somente em unidades municipais. A tecnologia ajuda a prever e combater de fato os índices de evasão escolar. Além de fornecer dados precisos sobre a situação do Município para embasar a tomada de decisões.
Com a adoção de uma central de vagas 100% digital, a cidade melhorou a rotina dos servidores e eliminou a necessidade de deslocamentos dos pais e responsáveis até as escolas. Além disso, Gramado também consegue ver com mais precisão as posições das crianças inscritas, já que o sistema possui atualização em tempo real.
Também com tecnologia digital para o acompanhamento da central de vagas, a cidade conseguiu migrar de um processo totalmente manual e físico, para o digital. Dessa forma, os pais e responsáveis também conseguem ter o à atualização da lista, sem precisar ir até a escola ou ligar para os servidores.
Os desafios na gestão educacional sempre vão existir, pois as necessidades e demandas da população nessa área também são crescentes. Isso faz com que gestores e servidores também estejam sempre buscando se aprimorar e aperfeiçoar as formas de atender às pessoas da melhor maneira possível. Em síntese, uma educação de qualidade atravessa todas as áreas e, por isso, deve ser analisada com visão 360º, multifacetada, para que essa montanha-russa de problemas seja parte do caminho e não o que impede os avanços.
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