Como a tecnologia ajuda a cidade a se preparar para eventos extremos
Por
IPM
27 maio, 2025
Tempo de leitura: 4 mins
Última atualização: 27 maio às 09:59
Com as mudanças climáticas agravadas pela ação humana, é cada vez mais comum ver ocorrências de desastres ambientais, enchentes e outros eventos extremos. Tais situações afetam drasticamente a vida da população. Ainda que não seja possível prever todos os episódios, é necessário pensar políticas eficazes para mitigar e minimizar os impactos deles na vida das pessoas. Neste artigo vamos explicar sobre como a tecnologia pode ajudar cidades a se prepararem para esses cenários.
Eventos extremos no Brasil
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em 2023, o Brasil registrou 1.161 desastres naturais. Do total, 716 eram relacionados a episódios hidrológicos, como o transbordamento de rios. Além de 445 de origem geológica, como os deslizamentos de terra.
Um levantamento do Governo Federal de 2023, divulgado pela Agência Pública em 2024, apontou que 73% da população brasileira vive em municípios com alto risco para alagamentos, inundações, enxurradas ou deslizamentos. Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior tragédia ambiental da história do país. Por conta da situação, a cidade registrou vítimas, feridos e pessoas desabrigadas, após dias de chuvas extremas.
Além dos danos estruturais e o impacto direto na vida da população, os desastres ambientais também têm consequências graves para a saúde. É comum em enchentes e inundações, por exemplo, que as pessoas contraiam infecções e doenças como a leptospirose, devido ao contato com a água contaminada.
Imagine o seguinte cenário: uma cidade com 100 mil habitantes foi inteiramente afetada por uma enchente. Do total, pelo menos 50 mil pessoas foram contaminadas por doenças, entre adultos e crianças. Como o sistema de saúde vai atender a uma demanda tão grande de uma só vez?
Tecnologia auxilia na previsibilidade de acidentes e na contenção de danos (Imagem Ilustrativa) – Foto: Freepik/Reprodução
Como a tecnologia ajuda as cidades a se prepararem
Atualmente, ferramentas modernas e precisas ajudam a levantar dados específicos, contribuindo para a redução de danos maiores em catástrofes ambientais. Esse tipo de ação auxilia também no planejamento de gestores para cenários que exigem mais atenção. Isso inclui o atendimento de saúde por conta de enchentes.
Esse tipo de mapeamento forma uma base de dados sólida que facilita o planejamento de ações para remanejar pessoas que moram em áreas de risco. Outro aspecto positivo é o gerenciamento de suprimentos e o desenvolvimento de planos de contingência para atender a demanda de saúde, como a solicitação de profissionais de outros estados para ajudar e o a materiais extras.
Outro ponto essencial da tecnologia é a capacidade de prever ou estimar acidentes e eventos climáticos, com tempo suficiente para a tomada de decisão e prevenção por parte dos gestores e entidades responsáveis. Dessa forma é possível evitar não apenas danos significativos à cidade, como garantir a segurança da população.
Ao o que as cidades crescem, se modificam e também investem em modernização, é fundamental incluir nos planejamentos os cuidados com o meio ambiente e a preservação. Pensar em aspectos ligados à sustentabilidade e a mitigação de desastres que afetam a população não deve ser uma preocupação apenas de gestores públicos e tomadores de decisão, mas de todos.
Em conclusão, a tecnologia pode ser uma ferramenta importante no processo de adequação das cidades a eventos extremos. Da mesma forma, acompanhar relatórios e análises produzidas por sistemas modernos também facilita na criação de políticas públicas eficazes para conter os efeitos prejudiciais sentidos pela população. A segurança, antes de qualquer coisa, deve ser uma prioridade em qualquer gestão.